Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
pontos de vista
artigos de revisão

artigos de opinião

editoriais

entrevistas

divulgação geral

divulgação LQES

 
ARTIGOS DE OPINIÃO

Países em desenvolvimento criam grupo de propriedade intelectual.


Dezoito países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, formaram um grupo para garantir que seus interesses sejam refletidos apropriadamente no organismo de propriedade intelectual da Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou o Egito, coordenador do grupo, no final do mês de abril de 2010.

O novo grupo visa transformar a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), de um organismo a serviço principalmente dos detentores de direitos de propriedade intelectual, em uma agência da ONU que ajude os membros a atingir metas de desenvolvimento por meio do "uso equilibrado e graduado da propriedade intelectual", disse um comunicado.

A criação do grupo marca mais um passo no confronto entre países ricos e em desenvolvimento por causa dos direitos de propriedade intelectual.

Os países ricos, como os Estados Unidos, acreditam ser necessários fortes direitos de propriedade intelectual a fim de estimular as invenções, as novas tecnologias e melhorias na qualidade, e que pirataria e falsificações destroem empregos e economias.

Muitos países em desenvolvimento, porém, afirmam que há um abuso dos direitos que impede o acesso de pessoas pobres a medicamentos essenciais ou rouba o conhecimento tradicional dos países em desenvolvimento.

O embaixador egípcio Hisham Badr afirmou que a adoção pela Ompi de uma Agenda de Desenvolvimento em 2007 foi um marco nos esforços para mudar a percepção da propriedade intelectual de um fim em si mesmo para algo a serviço de metas culturais, econômicas e sociais mais amplas.

A implementação da agenda, no entanto, estava se mostrando um desafio considerável, disse ele ao Comitê de Desenvolvimento e Propriedade Intelectual da Ompi.

"O Grupo de Agenda de Desenvolvimento compromete-se a contribuir ativamente para popularizar a dimensão do desenvolvimento em todas as áreas do trabalho da Ompi", afirmou ele.

A criação do grupo na Ompi segue a estratégia de união para obter um efeito maior usada pelos países em desenvolvimento em outros organismos, desde a ONU à Organização Mundial do Comércio.

Badr disse que o novo grupo, englobando estados membros em diversos níveis de desenvolvimento, estava aberto a todos os países e destinava-se a formar coalizões entre grupos pró-desenvolvimento na agência.

Além do Egito, fazem parte do grupo Brasil, Argélia, Cuba, Djibuti, Equador, Guatemala, Índia, Indonésia, Irã, Malásia, Paquistão, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Sudão, Uruguai e Iêmen.


Nota do Managing Editor: esta matéria foi primeiramente veiculada no site da Reuters/Brasil Online, em 26 de abril de 2010.


 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco