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Transplantes : um método para preservar melhor os órgãos.

Na realização de transplantes, a ciência ainda tem de realizar proezas e superar várias dificuldades. Por exemplo, ela ajudou a realizar transplantes, porém ainda não encontrou uma maneira de não danificar os órgãos antes da intervenção, no momento do degelo, o que resulta em um grande desperdício de órgãos que não podem ser transplantados. Trabalho publicado na revista Science Translational Medicine aborda esta dificuldade e propõe um novo método.



Transporte de órgãos e tecidos para transplantes.

Créditos: saúde.al.gov

60 % de órgãos se estragam
O resfriamento para temperaturas estabelecidas entre -160 e -196 graus é normalmente utilizado. Na situação de um transplante, os médicos "descongelam" os órgãos ou tecidos, colocando-os no gelo. Entretanto, dada a falta de uma técnica de aquecimento sem danos, durante esta operação, 60% dos órgãos tornam-se inutilizáveis, porque eles não podem ser conservados mais do que quatro horas.

Se a metade desses órgãos não utilizados pudessem ser transplantadas, a lista de espera dos pacientes que aguardam um transplante nos Estados Unidos seria eliminada em dois anos, de acordo com pesquisadores da Universidade de Minnesota.


Degelo sem danos
A nova abordagem desenvolvida pelos cientistas permite um aquecimento rápido e uniforme, que não afeta viabilidade celular do tecido, comentam os autores que depositaram duas patentes. A técnica consiste numa mistura de nanopartículas de sílica revestida de óxido de ferro com uma solução que permite rapidamente a geração de calor de maneira uniforme.

Após o aquecimento, os tecidos não mostraram sinais de danos em comparação com as amostras controle aquecidas lentamente sobre gelo. Além disso, os tecidos foram facilmente limpos após o descongelamento, afirmam os pesquisadores.

Os pesquisadores testaram sua técnica com células congeladas de pele humana, pedaços de tecido cardíaco e artérias de porcos de grandes dimensões, representando um volume de 50 mililitros. Antes disso, eles tinham conseguido descongelar sem danos amostras muito pequenas de tecido, da ordem de um mililitro.

"Esta pesquisa abre uma grande possibilidade de se obter os mesmos resultados para amostras muito maiores, tais como órgãos inteiros," afirmam os cientistas que se mostram muito otimistas.

PourquoiDocteur. Postado em 04 de março, 2017. Tradução - OLA.


Nota do Managing Editor - A ilustração apresentada não consta da matéria original e foi introduzida pela Editoria do Boletim.


Nota do Scientific Editor - O artigo que deu origem a esta matéria de título: "Improved tissue cryopreservation using inductive heating of magnetic nanoparticles", de autoria de Navid Manuchehrabadi, Zhe Gao, Jinjin Zhang, Hattie L. Ring, Qi Shao, Feng Liu, Michael McDermott, Alex Fok, Yoed Rabin, Kelvin G. M. Brockbank, Michael Garwood, Christy L. Haynes and John C. Bischof, foi publicada no periódico Science Translational Medicine, vol.9. issue 379, 2017, DOI: 10.1126/scitranslmed.aah4586.



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