Trata-se de um princípio idêntico a aquele das telas táteis capacitivas.

Condutora, a pintura age como a camada capacitiva transparente que recobre uma tela tátil. Ela acumula cargas elétricas muito fracas e, quando o usuário encosta a mão na parede, uma parte destas cargas são transferidas a ele. Este déficit de cargas se traduz então por uma baixa da capacidade elétrica (quantidade de cargas elétricas por um dado potencial). A partir de uma dada variação, o estojo, que "ouve" a parede, ativa o aparelho elétrico ao qual ele está associado.

De aspecto acinzentado, a pintura On/Off se aplica em subcamada, com pincel ou rolo de pintura, sobre não importa que superfície (cimento, gesso, madeira, etc.). Pode-se em seguida cobri-la com tinta ou papel de parede. "O usuário está livre para escolher sua decoração. Em um hall de entrada ele pode, por exemplo, pintar uma faixa de cor a 1,5 m do solo, que lhe permitirá acender a luz com o cotovelo ou a testa quando volta das compras carregado", disse Nicolas Triboulot.

A pintura será oferecida com três tipos de estojos. O mais simples, um interruptor, permitirá ligar e desligar um equipamento. Um regulador estará também disponível. Ele poderá, por exemplo, servir para modular, toque por toque, a intensidade da luz de uma lâmpada halogênica. Por fim, uma tomada elétrica clássica poderá ser integrada na parede, a fim de ligar ou desligar qualquer tipo de aparelho.


A comercialização está prevista para o próximo verão (europeu).

A Tecnologia está operacional, mas a Quarks a refina antes de comercializá-la. A empresa está trabalhando na miniaturização dos estojos, a fim de que possam ser facilmente integrados na parede. "Escolhemos componente menores, mas também mais caros", diz Nicolas Triboulot.

A empresa quer também otimizar o campo de ação da pintura, jogando com a qualidade dos materiais e a potência dos componentes. No momento, o raio de ação da pintura On/Off pode alcançar os 15 metros, com uma faixa de 40 centímetros de largura, sendo a superfície sensível máxima de cerca de 15 m².

Um outro ponto importante é garantir o respeito às normas de segurança. "Respeitamos as diretrizes de segurança que se aplicam aos equipamentos elétricos e fizemos uma bateria de testes, bastante conclusivos, que mostram que não há qualquer problema com respeito às normas de compatibilidade eletromagnética", assegura Nicolas Triboulot.

Fácil de instalar, o produto deverá ser lançado nas grandes lojas no próximo verão europeu. A pintura deverá custar entre 30 e 40 euros o litro (rendimento de 6 m² por litro) e o custo de um estojo não deverá exceder os 50 euros.

Futura Sciences (Tradução - MIA).