Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Olho biônico : da ficção científica à realidade.

Há alguns anos, laboratórios trabalham no desenvolvimento de retinas artificiais para restituir, mesmo que parcialmente, a visão a deficientes visuais. Os primeiros implantes tiveram lugar em 2002 fazendo uso de uma primeira geração de dispositivos. Uma segunda geração está em estudo em um hospital francês.

O personagem de Steve Austin em O homem de três bilhões de dólares tornou-se um ícone popular e hoje em dia essa série de televisão, adaptada do célebre romance Cyborg, de Martin Caidin, talvez esteja prestes a se tornar mais do que ficção científica.

Nos pacientes atingidos por degenerescência macular ligada à idade ou por retinite pigmentar (retinitis pigmentosa) só as células fotoreceptoras da retina são atingidas. Suas conexões nervosas e o nervo óptico continuam intactos e, por conseguinte, funcionais. A idéia é utilizar uma mini câmera sobre óculos para registrar uma imagem e transmiti-la por radio a uma pequenina placa equipada com uma rede de eletrodos implantados sobre a retina do paciente. Estimulando as conexões nervosas, uma visão aproximada poderá ser obtida, com imagens em preto e branco cuja resolução aumenta com o número de eletrodos presentes sobre a placa.

Em 2002, o doutor Mark Humayun conseguiu implantar um primeiro dispositivo desse tipo e até 2004 seis pacientes atingidos pela retinitis pigmentosa, com idades de 56 a 77 anos, se beneficiaram dessa técnica, ainda rudimentar. O sucesso foi suficiente para que nascesse um projeto reagrupando laboratórios de pesquisa americanos, como os do Caltech e de Los Alamos, a fim de aperfeiçoar a técnica. Seu nome: Artificial Retina Project.





Wolfgang Fink trabalha no Caltech em um programa destinado a melhorar as performances dos dispositivos Argus.

Créditos: California Institute of Technology.



Melhorias à vista

O dispositivo inicial, batizado como Argus I, deu lugar, no mesmo ano, a experiências com uma retina artificial contendo 60 eletrodos, a Argus II. Até o momento, 30 deficientes visuais, voluntariamente, se submeteram aos estudos, e isso não apenas nos Estados Unidos. Foram efetuados testes, por exemplo, no Centre Hospitalier National d'Ophtalmologie des Quinze-Vingts, em Paris.





O olho biônico de Steve Austin antes da implantação.

Créditos: Kenneth Johnson.



O modelo Argus II é menor e sua colocação requer apenas 2 horas de operação, ao invés das seis horas exigidas por seu predecessor. Uma terceira geração está sendo desenvolvida nos laboratórios e deverá conter 200 eletrodos. Os pesquisadores pensam ser possível miniaturizar ainda mais o dispositivo para chegar a mil eletrodos. Isso ainda é pequeno quando comparado aos milhões de receptores de um olho humano. Contudo, como mostram as simulações efetuadas por Wolfgang Fink com um programa de computação destinado a otimizar as imagens fornecidas pela câmera aos eletrodos, tal quantidade deverá melhorar sensivelmente a visão dos pacientes.

Futura-Sciences (Tradução - MIA).


Assuntos Conexos:

Deficientes visuais têm agora uma nova aliada: a microeletrônica renova as esperanças.

Olho eletrônico "empresta" visão a deficientes visuais.

Chip "X-Tudo": para andar; para controlar a bexiga; para devolver a visão a deficientes visuais, etc, etc.


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco