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NOVIDADES

Tapete feito de nanotubos de carbono ? Sim : de 1 metro por 2 metros !

Uma empresa americana acaba de exibir a maior superfície de nanotubos de carbono fabricada até hoje: 0,91 por 1,83 metro! Passar de um punhado de nanotubos a objetos de grande tamanho é um dos maiores desafios para a utilização desse novo material, uma questão que vem mobilizando muitos pesquisadores no mundo.

Fabricar nanotubos de carbono é uma coisa, utilizá-los em grande escala é bem outra! Contudo, ao lado das aplicações que requerem poucas quantidades, como os refrigeradores para processadores, ou o uso contra tumores, os engenheiros pensam igualmente em utilizações nas quais poderão substituir o metal ou o plástico, ligadas às suas propriedades interessantes. Os nanotubos de carbono são leves, resistentes e bons condutores de eletricidade (sob certas condições de fabricação) e de calor.

Em 2005, um grupo de pesquisadores americanos e australianos, liderados pelo físico Mei Zhang, conseguiu produzir uma fita de cinco centímetros de largura e sete metros de comprimento. Esse "golpe de mestre" não só impressionou como também motivou numerosas equipes. Para fazer com que os nanotubos fiquem juntos - cada um tem a espessura da ordem do nanômetro e um comprimento variável, que pode ultrapassar o milímetro (o recorde é de 2 centímetros) -, é preciso "comprimi-los" para gerar forças eletrostáticas entre os tubos e depois esticar o todo.

Obtém-se uma fita ou uma folha, cujas propriedades mecânicas despertaram o interesse de um engenheiro. Não obstante a leveza e o fato de ser extremamente fino, esse material apresenta uma resistência à ruptura de 200 a 1000 megapascais (1 megapascal = 7,5 x 103 mm de Hg), da mesma ordem que aquela dos aços.


Tapete voador em breve?

A empresa Nanocomp Technologies acaba de apresentar uma performance espetacular: uma superfície de 0,09 metro de largura e 1,83 metro de comprimento! Pouco prolixa quanto à técnica utilizada, a empresa, que trabalha há muito tempo com nanotubos, explica que os seus são maiores que um milímetro. Reagrupados em pequenos pacotes de doze, eles são, em seguida, aplicados sobre um cilindro giratório. O procedimento poderá, afirmam os responsáveis pela Nanocomp Technologies (EUA), passar ao estágio industrial para tamanhos bem maiores.

Aplicações objetivadas não faltam: proteção de circuitos eletrônicos contra irradiações eletromagnéticas (pelo princípio da gaiola de Faraday); condutores elétricos (mais leves que os fios de cobre); dissipadores térmicos... Essas possibilidades apontam a aeronáutica e a astronáutica como bons clientes potenciais.

Resta, contudo, industrializar o procedimento e verificar, para os seres humanos (e outros animais), a inocuidade dessas folhas de carbono. Os constituintes podem, de fato, se desfazer e espalhar os nanotubos na atmosfera. Pensa-se que os mesmos não podem fazer bem às mucosas pulmonares.





Um homem poderia se deitar sobre... mas, sairia coberto de partículas negras.

Créditos: Nanocomp Technologies



Futura Sciences, consultado em 23 de março, 2008 (Tradução - MIA).


Assuntos Conexos

Toxicidade dos nanotubos: meio ambiente e saúde esperam respostas.


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