Laboratório de Química do Estado Sólido
 LQES NEWS  portfólio  em pauta | pontos de vista | vivência lqes | lqes cultural | lqes responde 
 o laboratório | projetos e pesquisa | bibliotecas lqes | publicações e teses | serviços técno-científicos | alunos e alumni 

LQES
lqes news
novidades de C&T&I e do LQES

2021

2020

2019

2018

2017

2016

2015

2014

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

LQES News anteriores

em foco

hot temas

 
NOVIDADES

Armazenamento de dados médicos : seria esta a nova aposta do Google ?

Após seus grandes sucessos em matéria de serviços, tais como o Google Maps ("faz pesquisa e visualização de mapas e imagens de satélite da Terra, gratuitamente, na Web") e o Google Earth ("combinação de sofisticados recursos de pesquisa Google com imagens de satélite, mapas, terrenos e edificações, em 3D, colocando informações geográficas do mundo todo à disposição"), o Google - o mais célebre dos motores de busca - testa um novo serviço: o Armazenamento de Dados Médicos. Trata-se de um projeto-piloto que diz respeito a 1500 - 10000 pacientes da Cleveland Clinic (EUA). O princípio desse sistema é permitir aos voluntários que consultem seus dados médicos pessoais, via espaço privado no Google.





Logo do Google



O projeto nasceu da constatação de que os internautas utilizam cada vez mais os motores de busca para obter informações médicas. A idéia do Google é poder correlacionar as solicitações feitas pelos internautas, sobre questões médicas, com seus dados pessoais, a fim de otimizar e refinar sua pesquisa. Cleveland Clinic, por sua vez, aceitou tomar parte dos testes, porque estima que tal ferramenta poderá servir para a criação de um sistema de saúde nacional mais eficiente.

Evidentemente, o Google não é a única empresa a ter pensado no mercado de gestão de dados médicos, mercado que representa fortes interesses. De um lado, os pacientes se sentem mais e mais interessados em sua saúde e implicados nas escolhas ligadas a esta, e, de outro, os médicos têm forte interesse em poder aceder mais facilmente aos dados médicos de seus pacientes, a fim de otimizar o tratamento dos mesmos. Assim, a Microsoft lançou no ano passado um sistema que propõe ferramentas para gerir seus antecedentes médicos, mas que mais se aproxima de um software. O AOL lançou um site na Internet: Revolution Health, que mais se parece com um site de trocas de informações sobre saúde, comparável ao Doctissimo, que opera na França. O Google propôs, agora, o primeiro sistema de gestão on-line, que mesclará a pesquisa na Internet com dados pessoais. Esse aspecto, destinado a mostrar o mais-valor do novo serviço do Google, é também seu principal ponto fraco. De fato, cada vez mais e mais pessoas acusam a Google de já ter muito poder e de possuir muitas informações confidenciais sobre seus usuários. Acrescente-se a isso a posse de dados médicos, confidenciais, em um sistema no qual a gestão da saúde é delegada a empresas privadas. Isso poderá se revelar perigoso!

Mas o Google tem sempre desejado se mostrar irrepreensível e inatacável em relação a tais críticas, porque seu sucesso é essencialmente baseado na confiança do usuário. Assim, o motor de busca afirma apagar todas as solicitações a cada 18 meses, e soube mostrar seu respeito à vida privada, recusando a solicitação de uma corte de justiça, há 2 anos, que lhe pedia para escanear as solicitações de usuários.

Resta, no entanto, um problema legal a ser resolvido: uma lei amaricana de 1996, a HIPPA (Health Insurance Portability and Accountability Act) que protege, entre outras, a confidencialidade das informações médicas. Confiar suas informações médicas a uma empresa de motor de busca as faz sair da lei e as torna acessíveis às autoridades ou a empresas comerciais.

A gestão de dados pessoais médicos está, ainda, em fase piloto. Para a Google, não está previsto o lançamento da versão final do programa. De fato, numerosos problemas éticos e legais continuam não resolvidos, e o "modelo de negócio" desse projeto está ainda indefinido.

BE USA, consultado em 03 de março, 2008 (Tradução - MIA).


<< voltar para novidades

 © 2001-2020 LQES - lqes@iqm.unicamp.br sobre o lqes | políticas | link o lqes | divulgação | fale conosco