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Revista Science publica experimento pioneiro de física quântica realizado no Brasil.

Pesquisa realizada no Laboratório de Ótica Quântica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é reportada na Revista Science de 27/4, que também publica um comentário sobre o artigo na seção "Perspectivas". A experiência mediu o decaimento do emaranhamento de pares de fótons (os corpúsculos elementares da luz), gerados através da iluminação de um cristal com um feixe de laser.

O estudo gerou a primeira demonstração experimental de uma sutil propriedade do mundo quântico, a morte súbita do emaranhamento. A equipe da UFRJ, formada por três professores, Luiz Davidovich, Paulo Henrique Souto Ribeiro e Stephen Patrick Walborn, pelo pós-doutor Marcelo de Almeida, e pelos estudantes Fernando de Melo, Alejo Salles e Malena Hor-Meyll, mostrou que o emaranhamento pode terminar, sob a ação do ambiente, em um instante finito, subitamente, mesmo quando cada constituinte do par decai de forma suave, em um processo que se completa somente para tempos infinitos.

Estados emaranhados são o ingrediente fundamental da computação quântica. "Nosso trabalho mostra que o emaranhamento pode terminar subitamente, mais cedo do que se esperaria. Isso coloca um limite fundamental para o tempo de cálculo dos computadores quânticos. Após o desaparecimento do emaranhamento, o computador quântico transforma-se em um computador clássico", explica o Prof. Davidovich. "Esse resultado incentiva também a busca de métodos de cálculo que usem apenas sistemas quânticos mais robustos, para os quais o decaimento súbito não ocorre", completa.





Prof. Luiz Davidovich, do Instituto de Física da UFRJ.

Créditos: UnB


No experimento da UFRJ foram gerados pares de fótons com polarizações (direções do campo elétrico) emaranhadas. Sabe-se que as polarizações dos dois fótons são idênticas, mas a polarização de cada fóton é desconhecida. Por outro lado, os momentos dos fótons (associados à direção de propagação de cada fóton) foram usados como o ambiente. O circuito ótico utilizado produz uma interação entre a polarização e o momento de cada fóton, o que leva a um decaimento da polarização e à extinção do emaranhamento.

Para o Prof. Davidovich, a publicação do artigo na Science, uma das mais prestigiadas publicações do gênero, traz não só um interesse científico para o estudo. "A repercussão nacional desse artigo serve, também, para demonstrar que vale a pena investir em laboratórios de pesquisa e que os programas de apoio nacionais, como o Programa Nacional de Núcleos de Excelência (PRONEX) e os Institutos do Milênio, ajudam a criar capacitação científica de alto nível nas várias regiões do País".

O Laboratório de Óptica Quântica da UFRJ participa do Instituto do Milênio de Informação Quântica, rede de pesquisa apoiada pelo CNPq, que reúne treze instituições nacionais e mais de cinqüenta físicos trabalhando no Brasil, com o objetivo de desenvolver métodos de comunicação e tratamento de dados, utilizando as partículas do mundo quântico como meio de codificação e transporte de informação.

Agência CT (http://agenciact.mct.gov.br/), consultado em 02 de maio de 2007.


Nota do Scientific Editor: o trabalho a que se refere esta notícia, de autoria de M. P. Almeida, F. de Melo, M. Hor-Meyll, A. Salles, S. P. Walborn, P. H. Souto Ribeiro, and L. Davidovich, intitulado "Environment-Induced Sudden Death of Entanglement", foi publicado na revista Science, volume 316, número 5824, p. 579, em 27 de abril de 2007.


Assunto conexo:

Construção do computador quântico fica mais próxima.


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