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Fotossíntese artificial : colocando uma floresta numa caixa.

Fotossíntese, a "síntese pela luz", com certeza, remete você às aulas de ciências, no colégio, quando aprendeu que é o processo pelo qual as plantas e alguns outros organismos transformam a energia luminosa (do sol) em energia química. Logicamente, seus conhecimentos a respeito do assunto vão bem além disso, mas, na ocasião, ficou claro que, liberando oxigênio (O2) e consumindo dióxido de carbono (CO2), a fotossíntese é um processo essencial no mundo em que vivemos.

Afetando diretamente a composição atmosférica, o entendimento da fotossíntese pode ajudar-nos a melhor compreender o efeito estufa que, infelizmente, vem interferindo no clima global de nosso planeta.

Estando a natureza ameaçada, com milhares de florestas desaparecendo da noite para o dia (para sermos otimistas!) haveria algum modo que pudesse ser utilizado para reproduzir a fotossíntese?

Pensando nisso, na Universidade de Quioto (Japão), um grupo de pesquisadores, liderados pelo Dr. Hideki Koyanaka, desenvolveu um material que, a baixo custo, poderá ser utilizado para reproduzir a fotossíntese.





Créditos: Free Public Domain Photo


Essa inovação surpreendente poderá promover a síntese de açúcares e de etanol, a partir da luz e do dióxido de carbono, permitindo a utilização de sistemas baratos e eficientes. E, como os japoneses costumam "matar a cobra e mostrar o pau", desta feita, de quebra, o sistema poderá também produzir um antídoto contra o "veneno", ou seja: reduzir a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.

Os pesquisadores utilizaram uma inovadora técnica de combustão que permite produzir partículas de dióxido de manganês puríssimas, do tamanho de vários nanômetros. Feito à base de manganês, o quilo do material custa algumas centenas de ienes (1 iene ~ 0,018 real) e tem um papel preponderante na fotossíntese. O pequeno tamanho das partículas permite tornar o material mais reativo e eficaz, imitando o fenômeno natural da fotossíntese.

Os pesquisadores, otimistas, acreditam que, em teoria, o novo material terá um poder 300 vezes maior que o das plantas na redução do dióxido de carbono na atmosfera. Dado o baixo custo do sistema, objetivam a comercialização de seu material em dispositivos práticos, de tamanho pequeno, que permitirão reduzir a emissão de dióxido de carbono na fonte, isto é, serão embarcados em carros ou utilizados pelas fábricas: "uma verdadeira floresta numa simples caixa!"

Nikkei, February 26, 2007 (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração apresentada não faz parte do texto original. Foi obtida em www.google.com.


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