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A biossimulação poderá dar um basta às experiências com animais ?

Qual de nós não exulta quando tem conhecimento de um novo medicamento que poderá vir a curar uma doença que nos acometeu, ou mesmo minimizar, se não nossas próprias dores e temores, mas a de muitos que sofrem com certas enfermidades? Poderá vir, porque esse promissor remédio ainda se encontra em fase de teste.

Os testes começaram a ser realizados agora? Então, põe tempo nisso! Até esse novo medicamento chegar ao mercado, infelizmente muitos não mais poderão gozar de seus benefícios - em regra são necessários aproximadamente 12 anos (*) para que se atinja essa condição e - grande parte desse tempo -, é gasta com testes em cobaias.



Cobaia em testes

Créditos: UOL



Felizmente, a biossimulação está aí para intervir nesse processo! Mas, o que é ela? Um paralelo pode ser elucidativo: na indústria automobilística ou aeronáutica, está a cargo dos engenheiros desenvolver grande parte de seus produtos, quando não, todos, por computador. Trabalham no âmbito da simulação, em que todas as partes mecânicas são simuladas e, assim, economizam-se vários protótipos defeituosos, propiciando um ganho de tempo bastante considerável a seus concebedores que, assim, podem testar um produto, cujos maiores riscos foram eliminados quando da simulação.

Um processo semelhante é utilizado na biossimulação, com a diferença de que, nessa área, se está aplicando a simulação por computador no mundo biológico, no mundo vivo. Convenhamos: é um passo gigantesco na direção das realizações da área médica, entre outras.

Vários modelos de corações foram, segundo a técnica da biossimulação, desenvolvidos por um grupo de pesquisadores do Imedea - Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados e pela Universidade de Valença (Espanha), dentro de um projeto europeu de simulação de órgãos do corpo. Nesses corações, todas as dinâmicas de fluxo sangüíneo, os movimentos musculares, etc., são perfeitamente simulados. É possível, a partir de agora, observar virtualmente a incidência que conduzirá a uma veia entupida ou um medicamento ruim, uma vez que os medicamentos reagem também a diferentes moléculas medicamentosas.

Chegado o momento dos testes, os produtos assim simulados, antes da comercialização, serão testados em seres vivos. Contudo, a técnica permite eliminar numerosos riscos e acidentes que não se verificariam ou não estariam evidentes quando dos testes.

Se você acreditava que então, o risco zero, felizmente teria sido atingido, fique claro que não, ainda. Porém, tal técnica poderá evitar complicações que podem conhecer as cobaias. Além do mais, aquele tempo todo dispensado para a aprovação de um novo medicamento para comercialização poderá ser diminuído drasticamente pela biossimulação, sendo o remédio colocado no mercado em tempo bem menor.

E as cobaias, como ficam nisso? As próprias responderão que muitíssimo bem. Até mesmo agradecerão, torcendo pelo sucesso da nova técnica que fará baixar consideravelmente o número de cobaias, muitas vezes submetidas a testes "violentos", embora necessários. Os defensores de animais terão, então, o caminho aberto para realizar controles nos laboratórios. Sem contar que os riscos serão ainda menores para as cobaias humanas.

(*) "Em vários medicamentos atuais, mudando-se uma molécula em sua composição, o produto não é afetado em nada, nem tampouco as virtudes terapêuticas dos mesmos. Assim, isso permite às indústrias farmacêuticas prolongarem uma patente, criando um novo produto, eclipsando medicamentos genéricos concorrentes".

Radioactif (www.radioactif.com), consultado em 15 Abril de 2006 (Tradução/Texto - MIA).


Nota do Managing Editor: a ilustração não aparece na matéria original tendo sido obtida em www.google.com.


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