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Um leite que pode ajudar a tratar hemofílicos.

A Embrapa, em parceria com Universidade de Brasília (UnB), Hospital de Apoio e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), está desenvolvendo uma tecnologia para a produção, em leite de vaca, de uma proteína do plasma humano responsável pela coagulação do sangue (Fator IX). O objetivo é obter a proteína em larga escala para fabricação de medicamentos voltados ao tratamento da hemofilia.

Na primeira fase do projeto, iniciada em 2003 e concluída neste ano, os pesquisadores inseriram em camundongos o gene humano capaz de produzir o Fator IX e os animais testados em laboratório produziram leite com a proteína. Elibio Rech, pesquisador da Embrapa, diz que o Fator IX foi isolado e testes em laboratório foram bem sucedidos. Ainda neste mês, serão feitos testes no sangue extraído de pacientes do Hospital de Apoio de Brasília com a proteína isolada do leite dos camundongos.

"Também foi acelerado o trabalho de transgenia em bovinos", observa. Em outubro, a Unifesp iniciou o trabalho de inclusão em vacas do gene responsável pela produção do Fator IX. A previsão é que testes em seres humanos com o leite transgênico comecem a ser feitos no segundo semestre de 2006.

Atualmente, o tratamento de hemofílicos no Brasil é feito com medicamentos derivados do plasma humano, que oferece riscos de contaminação por vírus (como de hepatite C e Aids) e tem custo alto, próximo a US$ 3 mil por semana por paciente. Hoje, segundo Rech, todo o Fator 9 distribuído no Brasil é importado, o que explica o alto custo. "O objetivo da pesquisa é criar sistemas adicionais de produção de Fator IX, a custo reduzido".

O pesquisador observa que a proteína isolada do leite da vaca oferece menos riscos de transmissão de doenças que o plasma humano. Ainda assim, a Embrapa estuda a inclusão do gene produtor da proteína na soja, mas as pesquisas ainda estão em fase laboratorial. A estatal também desenvolve pesquisas com soja para a produção de anticorpos contra o câncer, antígenos contra bactérias que provocam diarréia e o hormônio do crescimento (HGH). A Embrapa não divulgou o investimento realizado nesta pesquisa, mas informou que aplica, por ano, entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões em projetos na área de biotecnologia.

Nota do Managing Editor: a matéria acima, de Cibelle Bouças, foi primeiramente veiculada pelo jornal Valor Econômico, Seção - Agronegócios, 07 de novembro de 2005.


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