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Mais um round na luta contra o tabaco : anunciada a vacina antinicotina.

O tabagismo - ocasionado pelo consumo exacerbado de tabaco, fumado ou mascado-, é, hoje, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais que um vício, uma doença grave. Infelizmente, cada vez mais cedo, até mesmo crianças estão entrando para o rol dos fumantes. Começam muitas vezes por uma questão de auto-afirmação, necessidade de impor-se à aceitação dos coleguinhas e, em 3 meses, o vício está instaurado.

Não interessa se cachimbo, charuto ou cigarro industrializado. Os três causam danos (às vezes irreversíveis) à saúde, contudo, o cigarro industrializado parece ser o mais nocivo deles. Em seu preparo entram mais de 4.200 substâncias conhecidas, a maior parte delas altamente nocivas à saúde. Os viciados tentam libertar-se do vício que, entre outras, leva às conhecidas DPOC - doenças pulmonares obstrutivas crônicas, ligadas ao tabagismo.

Adesivos de nicotina, gomas de mascar, antidepressivos, todos tentam ir ao socorro do fumante. Campanhas antitabagismo vêm ganhando terreno. Fumar, além de ser um hábito nocivo à saúde, se tornou também um empecilho ao convívio social. São campanhas feitas não contra o fumante, como muitos pensam, no sentido de estigmatizá-lo, mas contra o uso do fumo. A luta é árdua.

Surge agora mais uma luz no fim do túnel para livrar os fumantes da dependência! Pesquisadores suíços entraram pra valer na guerra contra o tabaco. Liderados pelo Dr. Jacques Cornuz, do Centro Hospitalar Universitário Vaudois, em Lausanne, apresentaram no congresso da ASCO (American Society of Clinical Oncology) uma vacina experimental antinicotina, que tem dado resultados encorajadores. De um universo de 341 fumantes que participaram de um teste clínico, 60% obtiveram um nível elevado de anticorpos neutralizando a nicotina, depois de haverem tomado injeções da vacina, deixando de fumar durante pelo menos seis meses. Mais ou menos um terço desse grupo, cujos níveis de anticorpos eram mais fracos, também parou de fumar, mas essa proporção é equivalente à daqueles vacinados com placebo.

No decurso do estudo, os dois terços dos fumantes receberam cinco doses da vacina, de concentração diferente, por um período de quatro meses, enquanto um terço foi vacinado com um placebo. Da amostra, 239 dos participantes não usaram adesivos ou goma de mascar contendo substâncias para substituir a nicotina durante o estudo.

A vacina baseia-se no princípio dos bacteriófagos: vírus que dependem de células bacterianas para se reproduzir, portanto, as atacam. Os bacteriófagos contidos na vacina, explica o Dr. Cornuz, se ligam à nicotina, neutralizando-a antes mesmo que esta possa atingir e estimular o cérebro.

O desenvolvimento da vacina foi feito pela Cytos Biotechnology AG, empresa suíça de biotecnologia, que pretende, agora, realizar os testes clínicos da Fase III, mais amplos, e destinados a demonstrar a inocuidade e eficácia da vacina, a ser comercializada, conforme a empresa, em 2010.

Não apenas a Cytos, mas pelo menos mais três empresas desenvolveram vacinas experimentais contra a nicotina: Xenova Group (Inglaterra); Nabi Biopharmaceuticals (Boca Raton, Flórida) e Prommune, em Omaha, no Nebraska (noroeste dos Estados Unidos).

Não obstante aos esforços governamentais, à atuação de ONGs e da Igreja, o mundo conta ainda com 1,3 bilhões de fumantes, a maior parte na Ásia (China, principalmente). O tabaco é, sem sombra de dúvida, um "assassino" a ser temido: é responsável por 30% das mortes de cânceres e 87% das mortes ocasionadas por câncer de pulmão, o mais freqüente.

TF1, mai 17, 2005 (Tradução/Texto - MIA).

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