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Produção científica cresce 54% no País.

Os investimentos em ciência e tecnologia aumentaram. A produção científica brasileira aumentou. A participação do setor privado aumentou. E o ensino superior expandiu para acomodar a demanda crescente por conhecimento. Os resultados, referentes ao período de 1998 a 2002, estão descritos na terceira edição dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo, publicada no mês de maio pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Eles confirmam, mais uma vez, a superioridade paulista no setor de ciência e tecnologia, assim como a já consagrada tendência brasileira de grande produção de conhecimento, mas com pouca inovação tecnológica.

A produção científica brasileira - mensurada pelo número de trabalhos científicos publicados em revistas indexadas - teve crescimento médio anual de 54%, enquanto o crescimento da produção mundial ficou abaixo de 9%. A participação brasileira no cenário científico internacional saltou de 1,1% em 1998 para 1,5%, em 2002. Graças, em grande parte, ao Estado de São Paulo, que teve crescimento de 63% e foi responsável por 52% da produção de ciência nacional.

Para isso foi preciso dinheiro. Os gastos públicos em pesquisa e desenvolvimento (P&;D) no Estado no período ficaram sempre acima de R$ 2,3 bilhões. Nesse cenário, São Paulo é também o único Estado onde os gastos estaduais superaram os do governo federal: 60% ante 40%, respectivamente, ou R$ 1,47 bilhão ante R$ 982 milhões nos quatro anos pesquisados. Outra particularidade paulista refere-se à participação do setor empresarial nos investimentos em P&;D. Em 2000, essa participação chegou a 54%, ou R$ 2,2 bilhões.

"O levantamento mostra que no nível federal permanece a preponderância de gastos públicos, enquanto em São Paulo verificou-se uma inversão das participações", disse Sandra Hollanda, analista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). "É um resultado que chegou a nos surpreender, mas perfeitamente explicável pela natureza das empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento, e que estão concentradas em São Paulo".

Falta, ainda, uma maior interação entre o setor acadêmico e o privado. O primeiro, tradicionalmente, é responsável pela produção de conhecimento, enquanto o segundo tem a responsabilidade de transformar esse conhecimento em inovação tecnológica - novos produtos e processos para o mercado. "O forte crescimento da produção científica brasileira e paulista verificado nos últimos 15 anos (...) parece ainda não produzir efeito real no incremento da produção tecnológica e na intensificação dos esforços de inovação das empresas brasileiras", diz a publicação da Fapesp, de 992 páginas.

O registro de patentes brasileiras nos EUA teve um crescimento apenas modesto, chegando a 0,07% do total de registros em 2001 - abaixo da evolução de outros países emergentes, como China, Índia e África do Sul.

Menos de 5% das empresas que trabalham com inovação consideraram as universidades e institutos de pesquisa uma fonte importante de informação. Segundo o professor Ruy de Quadros Carvalho, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), trata-se de uma tendência internacional, mais acentuada no Brasil. "Isso se deve ao fato de que a atividade de P&D no Brasil é menos intensa e, portanto, a demanda por conhecimento tecnológico é menor". As empresas, na sua maioria, preferem nortear seus esforços de inovação a partir de informações do próprio mercado, fornecedores, clientes e concorrentes.


Nota do Managing Editor: A publicação completa desta matéria está disponível no site www.fapesp.br/indicadores. Ela foi primeiramente publicada no jornal O Estado de São Paulo, na seção Geral, em 11 de maio de 2005.

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