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NOVIDADES

Vêm aí novos debates éticos: agora é a vez da farmacogenética.

Por que pessoas diferentes reagem de modo diferente aos mesmos medicamentos?
Esta e questões semelhantes, objeto de curiosidade geral, pelos mais diferentes motivos, fazem parte do escopo de estudos da farmacogenética, que procura explicar as razões genéticas de tais fenômenos.

Pode até mesmo soar ingênuo dizer que há muita gente interessada nessa área de pesquisas! Os interesses são da mais diversa natureza. A indústria farmacêutica, logicamente, está de olho nesse filão: medicamentos personalizados gerarão uma procura por certos medicamentos, hoje tidos como ineficazes ou apresentando muitas contra-indicações. O câncer, a Aids e a depressão já contam com estudos iniciais da farmacogenética..

Isto sem falar da classe médica, para a qual a existência de estudos da farmacogenética deveria auxiliar na prescrição mais eficaz dos medicamentos a serem utilizados, em função do perfil genético do paciente, o que contribuiria para minimizar consideravelmente certos efeitos colaterais ou reações alérgicas. Uma simples análise do ADN, realizada pelo médico, poderia permitir a identificação imediata do melhor remédio a prescrever.

Serão necessários vários anos para que os primeiros estudos de tal área de pesquisa possam ser disponibilizados e utilizados. Não obstante, organismos preocupados com questões éticas já começaram a se manifestar. O "Nuffield Council on Bioethics" (NCB) anunciou, em novembro de 2002, o lançamento de uma reflexão, com duração de três meses, sobre os problemas éticos ligados a estas pesquisas e ao desenvolvimento de medicamentos personalizados.

Dentre as vinte questões levantadas sobre o assunto, estão:

  • a utilização da farmacogenética teria como conseqüência um aumento das desigualdades sociais face aos tratamentos?

  • quais seriam as implicações da identificação de uma variação genética que influenciariam a resposta de um indivíduo a um medicamento?

  • que medidas deveriam ser tomadas para se resguardar a confidencialidade das informações genéticas dos pacientes?

  • os testes farmacogenéticos deveriam ser realizados pelo médico ou deveriam ser diretamente acessíveis, sem pedido médico, em uma farmácia?

Presidido pelo Professor Peter Lipton, diretor do Departamento de História e Filosofia da Ciência, da Universidade de Cambridge, o grupo responsável pelas reflexões sobre este novo assunto é composto por filósofos, cientistas e médicos. Em meados de outubro de 2003 deverá ser publicado um relatório final pelo comitê.

Press Release do Nuffield Council on Bioethics, November 19, 2003. (Tradução/Texto - MIA)

Nota do Managing Editor: Informações adicionais sobre esta temática podem ser obtidas em www.nuffieldbioethics.org

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