Muito tempo ignorada pelos professores, a informática acabou por triunfar num terreno delicado: o da educação de deficientes visuais. Vem logrando bons resultados, da escola maternal à universidade, principalmente nos Estados Unidos onde a tendência é integrar tais deficientes, desde a mais tenra idade, em escolas não-especializadas. Daí o compromisso de dispor rapidamente de um aparelho Braille Lite - um assistente pessoal que funciona como um Palm Pilot, com um caderno para tomar notas, um calendário para que sejam planificados os deveres de classe e uma agenda.

Esse aparelho, pesando cerca 2,5 kg, conta com o recurso de seis teclas que permitem aos jovens deficientes digitar em Braille, ler linha por linha nesse "alfabeto", na tela de apresentação, e estocar até três livros por vez.

Conectado a um PC, o Braille Lite permite transpor um texto em Braille sob forma escrita e imprimi-lo para que seja submetido a um professor. Graças a isso, os deveres de história ou de inglês, por exemplo, tornaram-se uma simples rotina, tanto para alunos quanto para professores. Apenas matérias como a biologia e a geometria necessitam, ainda, do recurso para a realização de desenhos em relevo, sem a ajuda do computador.

New York Times, July 03, 2002. (Tradução/texto-MIA)

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